Procurava um método de defesa pessoal eficiente, afinal pra minha profissão isso é primordial. Queria experimentar e me superar, utilizar tudo o que aprendi, com uma ânsia enorme em aprender.
O tempo então passou, realmente algumas coisas utilizei e com extrema eficiência. Hoje, não tenho mais tal necessidade de “provar a eficiência” de uma técnica, não me preocupo em como aplicar isso ou aquilo na vida, afinal eficiência no Aikido é inquestionável. Percebi que estava melhorando, não minha defesa pessoal, mas meu “eu”, me tornara uma pessoa melhor, que passível era de melhorar a cada dia, descobri que treinar/praticar me fazia bem física, mental e espiritualmente, percebi o quão difícil é esvaziar a mente, percebi que todas as vezes que me preocupo com o resultado, a forma não sai como deveria, que tenho que dar um passo de cada vez, descobri que as faixas que antes tratavam-se de “metas” hoje somente determinam “responsabilidade” afinal quando da nova graduação outra jornada se inicia, mais longa, mais lenta e mais difícil que a anterior, descobri que ao contrário do que inicialmente imaginava, praticar com um faixa branca me ensinará coisas ímpares, descobri que quando sou escolhido como Uke é porque o Tori confia em mim, percebi que o Hakamá não significa poder ou status, siginifica referência, responsabilidade. O mais importante, descobri que no Aikido tenho apenas um adversário, aquele que está dentro de mim mesmo, no Dojo só tenho amigos, companheiros de caminhada.
RAMON C. PIRES, 1º KYU
3º Sargento da PMMG
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