Se o berço da Olimpíada fosse a China, a Coreia ou o Japão em vez da Grécia, os jogadores de futebol estariam esperando até hoje por uma chance de participar. É o que acontece com artes marciais milenares de origem oriental, como kung fu, sumô, caratê e ju jitsu, além de pelo menos outros cinco tipos de luta, algumas mais antigas que os próprios Jogos Olímpicos modernos (1894).
Sem esperar por uma chance daqui a 2 anos em Londres ou em 6 anos mais, nos Jogos do Rio, 1.108 lutadores dos 5 continentes decidiram pôr seus quimonos na sacola e seguir a rota para Pequim. Lá, durante oito dias, eles participarão da primeira edição dos Jogos de Combate 2010, que têm início no dia 27, e pretende ser uma espécie de Jogos Olímpicos das artes marciais.
Vinte brasileiros participam do evento: 4 deles no aikidô, 4 no kung fu, 3 no sumô e outros 3 no caratê, além de 2 no kickboxing, 2 no kendô, 1 no wrestling e 1 no tae kwon do.
Arte da paz. Das 13 modalidades, só o aikidô não é competitivo - algo incompreensível para a noção ocidental de Jogos Olímpicos, mas perfeitamente normal para o que as artes marciais genuínas mais prezam. "Ganhar ou perder não importa no aikidô. Como dizia o fundador (Morihei Ueshiba), a verdadeira vitória é contra si mesmo. O importante é vencer nosso ego, controlar nossas emoções, superar nossos limites e nos tornarmos melhores a cada dia. No aikidô, o importante é treinar, não competir", diz Cesar Mirabile, um dos brasileiros que participarão das demonstrações da modalidade em Pequim.
Com exceção do aikidô, a competição será forte em todas as outras modalidades, com direito a pódio e quadro de medalhas. "Temos 136 campeões mundiais em suas modalidades participando desta primeira edição", disse ao Estado Katrin Holz, porta-voz da SportAccord - espécie de comitê olímpico alternativo com sede em Mônaco, responsável pela organização de eventos esportivos de interesse segmentado, como os Jogos Olímpicos da Juventude e os Jogos Aquáticos.
Em Pequim, o caratê terá a participação de três brasileiros consagrados - Rafael Martins e Jeanis Colzani foram campeões pan-americanos em 2009 e Douglas Brose, é campeão da categoria no World Games.
Os três representantes brasileiros no kung fu também participaram do último campeonato mundial da modalidade, realizado no Canadá.
A luta deles é, agora, por ganhar espaço na "Olimpíada ocidental". "Já preenchemos todos os requisitos para nos tornarmos um esporte olímpico: o kung fu é praticado nos cinco continentes, tem categorias masculina e feminina e tem 145 países membros da federação internacional. O que falta, agora, são questões políticas para que a modalidade se torne realmente olímpica", comenta Marcus Vinicius Alves, técnico da equipe brasileira.
Sem esperar por uma chance daqui a 2 anos em Londres ou em 6 anos mais, nos Jogos do Rio, 1.108 lutadores dos 5 continentes decidiram pôr seus quimonos na sacola e seguir a rota para Pequim. Lá, durante oito dias, eles participarão da primeira edição dos Jogos de Combate 2010, que têm início no dia 27, e pretende ser uma espécie de Jogos Olímpicos das artes marciais.
Vinte brasileiros participam do evento: 4 deles no aikidô, 4 no kung fu, 3 no sumô e outros 3 no caratê, além de 2 no kickboxing, 2 no kendô, 1 no wrestling e 1 no tae kwon do.
Arte da paz. Das 13 modalidades, só o aikidô não é competitivo - algo incompreensível para a noção ocidental de Jogos Olímpicos, mas perfeitamente normal para o que as artes marciais genuínas mais prezam. "Ganhar ou perder não importa no aikidô. Como dizia o fundador (Morihei Ueshiba), a verdadeira vitória é contra si mesmo. O importante é vencer nosso ego, controlar nossas emoções, superar nossos limites e nos tornarmos melhores a cada dia. No aikidô, o importante é treinar, não competir", diz Cesar Mirabile, um dos brasileiros que participarão das demonstrações da modalidade em Pequim.
Com exceção do aikidô, a competição será forte em todas as outras modalidades, com direito a pódio e quadro de medalhas. "Temos 136 campeões mundiais em suas modalidades participando desta primeira edição", disse ao Estado Katrin Holz, porta-voz da SportAccord - espécie de comitê olímpico alternativo com sede em Mônaco, responsável pela organização de eventos esportivos de interesse segmentado, como os Jogos Olímpicos da Juventude e os Jogos Aquáticos.
Em Pequim, o caratê terá a participação de três brasileiros consagrados - Rafael Martins e Jeanis Colzani foram campeões pan-americanos em 2009 e Douglas Brose, é campeão da categoria no World Games.
Os três representantes brasileiros no kung fu também participaram do último campeonato mundial da modalidade, realizado no Canadá.
A luta deles é, agora, por ganhar espaço na "Olimpíada ocidental". "Já preenchemos todos os requisitos para nos tornarmos um esporte olímpico: o kung fu é praticado nos cinco continentes, tem categorias masculina e feminina e tem 145 países membros da federação internacional. O que falta, agora, são questões políticas para que a modalidade se torne realmente olímpica", comenta Marcus Vinicius Alves, técnico da equipe brasileira.
O ESTADÃO - 22 de agosto de 2010 | 0h 00

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